O governo federal anunciou que avaliava implementar a volta do  horário de verão. O objetivo seria economizar energia e otimizar a geração pelas fontes solar e eólica, diminuindo a dependência de usinas hidrelétricas em horário de pico.

Hoje, praticamente metade de toda a energia gerada no Brasil é produzida por meio de hidrelétricas. O cenário climático atual, marcado por temperaturas elevadas e escassez de chuvas, tem impactado significativamente esse setor. A seca diminui o nível dos reservatórios das hidrelétricas. O calor aumenta o uso de eletrodomésticos como o ar-condicionado e, consequentemente, aumenta o consumo de energia

Uma das formas de compensar a perda da energia gerada pelas hidrelétricas seria por meio das usinas eólicas e solares, que hoje representam 15% e 7,5% da produção nacional, respectivamente.

No entanto, essas fontes de energia trazem desafios em horários de pico de demanda, entre 18h e 19h. Nesse horário, já não há geração de energia solar e a produção eólica perde eficiência.

Com isso, foi necessário o acionamento de usinas termoelétricas, levando a conta de energia de volta para a bandeira vermelha, a mais cara. É nesse cenário que a volta do horário de verão é colocada como alternativa para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico.

O horário de verão consiste em, nos meses do verão — quando faz mais calor e os dias têm luz natural por mais tempo — adiantar o relógio em uma hora. Assim, quando as pessoas chegam em casa após o trabalho e começam a ligar aparelhos, não precisam ligar também as lâmpadas elétricas, o que diminui um pouco a demanda. O acionamento da iluminação urbana também passa para mais tarde, aliviando a carga.