Maior produtor nacional de maçã, Santa Catarina é ponto de referência para evento internacional sobre fruticultura. Nesta quinta-feira, 12, São Joaquim foi sede do VII Field Day on Rootstocks from CG Series e IX Giro Técnico que reúne profissionais de vários países para a disseminação de conhecimento técnico-científico para produtores de maçã de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Valdir Colatto, participou da abertura do encontro e destacou a importância do setor produtivo para o agronegócio catarinense.
“Nós estamos aqui para incentivar os produtores rurais. Queremos unir todos os elos do setor produtivo, formar parcerias e buscar soluções. O agronegócio catarinense é competitivo e eficiente, temos que valorizar nossos produtores rurais e dar condições para que os jovens continuem investindo no meio rural. Nós queremos levar as inovações, que já estão disponíveis na cidade também para o campo. Quem está no campo precisa ter internet, energia elétrica de qualidade, boas estradas e garantia de safra. Eventos como esse são importantíssimos porque disseminam as informações e trazem o que há de mais moderno para os fruticultores catarinenses”, destaca Valdir Colatto.
Santa Catarina espera uma safra de 599,8 mil toneladas de maçã, mais da metade de tudo o que é produzido no país. O estado conta com 15,3 mil hectares plantados e aproximadamente três mil produtores de maçã, basicamente agricultores familiares na região de São Joaquim e Fraiburgo. As principais variedades produzidas são Gala e Fuji.
Indicação Geográfica da Maça Fuji
A Maçã Fuji da Região de São Joaquim é um dos produtos tipicamente catarinenses. Esta foi a sexta Indicação Geográfica (IG) conquistada por Santa Catarina. A certificação, na categoria de Denominação de Origem (DO), abrange uma área de 4.928 quilômetros quadrados nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.
Uma IG atesta que um produto só tem aquelas características porque é produzido de determinada forma, ou porque tem notoriedade na produção. A Denominação de Origem parte do pressuposto de que as características geográficas (naturais e humanas) dessa região determinam a singularidade e a qualidade do produto.
Foco na sanidade vegetal
Santa Catarina faz parte da única região do mundo a erradicar a Cydia pomonella. A praga, também conhecida como traça da maçã, pode causar grandes prejuízos aos produtores rurais e está longe do território catarinense há quase 10 anos.
A Cydia pomonella é considerada o pior inseto praga da fruticultura no mundo e mantê-la fora de Santa Catarina exige um trabalho contínuo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e produtores rurais. A abertura de mercados é apenas um dos resultados obtidos após a erradicação da praga, pois a qualidade geral dos frutos também é preservada, uma vez que não é necessário o uso de inseticidas para o controle da doença nos pomares.
VII Field Day on Rootstocks from CG Series e IX Giro Técnico
O evento é promovido pelo Grupo de Fruticultura do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages. O encontro, voltado para o setor produtivo da maçã, reuniu 350 participantes de diversos países e contou com atividades em Caxias do Sul, Vacaria, Bom Jesus e São Joaquim
Agenda em Jaguaruna
Na noite desta quinta-feira, 12, o secretário Valdir Colatto participa da abertura da 1ª Festa da Melancia de Jaguaruna. Desde de dezembro 2021, o município é oficialmente reconhecido como Capital Catarinense do Produtor de Melancia. Jaguaruna possui a maior área plantada da fruta em Santa Catarina, são 600 hectares cultivados por 70 famílias. Para este verão, a colheita esperada é de 15 mil toneladas.