O aumento do número de casos de dengue em todo o estado de Santa Catarina tem preocupado as autoridades sanitárias. A cidade de Chapecó, no oeste do estado, decretou situação de emergência, na semana passada, por conta da alta taxa de proliferação do mosquito e de casos confirmados. Já são 511 positivados e quase mil pacientes aguardando resultados de exames no município. Além de Chapecó, outras sete cidades do oeste também estão em situação de emergência por causa da doença.
De acordo com o último boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), 120 cidades catarinenses são consideradas infestadas pelo Aedes Aegipty, entre elas, Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, itapema e navegantes. Ainda segundo a DIVE, são quase 21 mil focos do mosquito em 204 cidades do estado. Só em 2022, foram confirmados mais de 2600 casos, sendo 2122 autóctones, ou seja, que foram contraídos dentro do próprio estado. Vale lembrar, ainda, que Santa Catarina também tem uma morte por dengue confirmada neste ano, o óbito foi registrado no final do mês de janeiro, mas o que explica números tão altos?
Para tentar barrar a proliferação do mosquito, a DIVE e o Instituto de Meio Ambiente começaram uma campanha junto aos municípios para o recolhimento de pneus abandonados, que são os principais criadouros. Cada cidade também montou sua própria linha de frente para combater a disseminação do Aedes Aegipty. Em criciúma, a prefeitura fiscaliza terrenos baldios e piscinas com drones, já Maravilha, no Oeste, montou uma estrutura só para atender pacientes de dengue. E, em Balneário Camboriú, a Vigilância Ambiental e a Secretaria de Saúde intensificaram as ações de monitoramento, especialmente nos bairros Centro, Nova Esperança, Nações e Barra. Vale lembrar, porém, que o trabalho de combate à dengue exige comprometimento da comunidade e é dever de toda a população.